Foto por: Taylor James |
A ideia inicial desse texto era fazer um aparato sobre minhas conquistas de 2017, mas não sou capaz de controlar meu impulso criativo. Eu seria muito injusta comigo mesma se negasse os gritos dele (o impulso criativo) que pedia uma continuação do post anterior. Aliás, eu passei o ano inteiro controlando os impulsos (aí que entra a parte da paciência), então nada mais justo que afrouxar as rédeas para um bem maior.
Antes da reflexão central, é preciso
explicar que eu tenho uma natureza totalmente impulsiva, agressiva e impaciente.
Quando comecei a olhar para dentro de mim, percebi que precisava iniciar minha
metamorfose e, como a metamorfose por vontade própria é um processo dolorido,
passei por muitos desafios. Um deles, talvez o principal, foi exercitar a paciência.
Sobretudo a paciência para lidar com as diferenças de cada indivíduo e as
mudanças que essa diversidade de ideias causa no mundo.
Esse ano foi maravilhoso em muitas
coisas, eu nunca estive tão feliz e realizada como agora. Mas é certo que foi o
ano mais complicado de seguir com a mudança do "eu" interior porque foi o que mais
me exigiu paciência para controlar a vontade de explodir em agressividade o tempo
todo e, o mais importante: paciência para lidar com os problemas, porque a
impulsividade sempre me ensinou a fugir deles. A Fátima acostumada a jogar tudo
para o alto e RECOMEÇAR deu lugar à Fátima que precisou aprender a respirar
fundo e CONTINUAR.
E, por mais que seja difícil e que
eu tenha uns ataques de fúria, é bom olhar para trás e perceber que o autocontrole
está cada vez menos impossível. É gratificante saber que aprendi, mesmo que ainda
no “modo iniciante”, a ser paciente e que isso vai ser mais uma qualidade a ser
aprimorada no meio de tantas outras que envolvem o meu processo de transformação.
O que me impressiona e confirma que
estou em constante aprendizado é que, enquanto escrevia esse texto, aprendi que
o cerne de toda essa reflexão não é só “mudar a si mesmo para mudar o mundo”
(ideia que pensava manter até encerrar o parágrafo anterior). No meu caso vai
um pouco mais além: preciso mudar a mim para, também, aceitar o mundo...
Ainda bem que tenho mais um ano pela
frente, não é mesmo?
Que 2018 seja repleto de paz e luz!
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